Preso de Mente

Tomando como ponto de partida a ideia de uma sociedade presa a algo que não existe e inspirando-se no livro A Sociedade do Espectáculo, de Gus Debord, o autor encenou situações, enclausurando-se a si próprio e a outras pessoas, com luzes de leds, procurando formar assim uma metáfora sobre o inconsciente e o real.

Procura-se então representar a mente humana presa, utilizando desenhos que não existem de correntes, algemas e grades presas a pessoas. Tentando enaltecer a interacção entre o real e o irreal, o sentimento de prisão, o desespero da solidão, o ser humano preso à dúvida da sua própria existência pessoal, questionando o facto que a liberdade não será apenas uma ideia, um conceito, e pondo a dúvida do livre mas preso dentro da sua própria mente.
A realidade torna-se então uma imagem e a imagem torna-se a realidade, no sentido em que o que não existe funde-se com o que existe.

Preso de Mente



Zeus cria...

Preso de Mente



The unportraited
Sad Clown

Preso de Mente



O fim espectral da mente

Preso de Mente


Cerceou a luz que o aprisionava com toda a força que as suas mãos lhe permitiam, tisnou a fronte com o mais ávido suor, mas de nada lhe serviu. Há muito que tinha cedido a única chave que o libertaria, a escolha foi sua, tal como sua é a escolha de permanecer trancado. A porta é a única, a da percepção. A jaula é tudo o que em tempos pode imaginar para si mesmo.

Preso de Mente



Ouviram-se as trompetes retinir no metal dourado que ainda lhe trazia fulgor aos seus agora negros olhos. Acorrentado, caminhou pelo Hall da sua mente, sem encontrar grades, nem portas, janelas ou maçanetas, mas sabendo que dali não poderia sair sem a única chave que a consciência lhe facultaria … O livre arbítrio

Preso de Mente



O Malabarista
Alcançou as esferas lúcidas
de luz luminescente
e
perante a noite que o aplaudia de um meta-sublime anfiteatro
engrenou os malabares extravagantes de sentidos
(quase tantos quanto os sentidos).
O peito antropomórfico projectava o muito de Ser que ainda havia nele, enquanto as orbes de luz lhe tiravam qualquer noção de realidade presente.
A noite oscilou em estrelas os seus luminares olhos e o malabarista esboçou um sorriso de vénia.
(Fim do infinito acto)

Preso de Mente



Horus espia a Noite

Preso de Mente



Duelo

Preso de Mente



Borboleta Boreal

Era meia-noite dentro da Crisálida onde a Lua, almejando asas de luz, perpetrava as pequenas brechas que avizinhavam uma nova noite, uma nova vida. Esboço a linha, como pinceladas de fogo branco e invisíveis espíritos de luz azul. A outrora larva de sombra, pedaço de breu, abriu as suas asas de electrodos luminosos e rasgou o céu com a estática das suas vértebras de iris. A noite parou, estanque que era a luminescência de um voo desencadeado pela incerteza de não saber onde encontraria o derradeiro interruptor,de vida, de luz, receptáculo de toda a sua sombra.

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A Chave

Preso de Mente


3 Esferas
Reverberantes e insistentes circundam a mente tacteada pelo verde fértil de um cheiro inaudível onde Id já não és tu, onde Ego ainda não és tu, onde Super-Ego não sabe o que és tu… ainda assim és de todos eles e todos eles são retalhos da forma substantiva que sim … és tu!